BEM VINDO !

PARA VOCÊ QUE ESTÁ ENTRANDO EM MEU BLOG ESPERO QUE TENHA GOSTADO ENTRE MAIS VEZES!!!!!

HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN HUGO E ELLEN

sábado, 20 de setembro de 2008

folclore brasileiro !

Cantigas de Roda


Paródia (Asa Branca)

I

Você sabe o que é folclore?
Vou lhe dar a explicação:
É tudo aquilo que vem do povo.
E nasce livre no coração

II

Tem a lenda da mãe d'água
Tem a história do Saci
Do curupira, vitória-régia
E do caipora, jurupari

III

Tem cantigas de criança
Tem modinha, tem lundus
Tem muito samba, baião e frevo
Cateretê e maracatu
La, la, la, la, la....

(EPG Maria da Conceição P. Teles)


Ciranda, Cirandinha

I

Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta
Volta e meia, vamos dar

II

O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou,
O amor que tu me tinha
Era pouco e se acabou,

III

Por isso menina bonita
Sai de dentro dessa roda,
Diga um verso bem bonito,
Diga a Deus e vá embora

(K-House Axé)



Adivinhas


O que é o que é???

1. Está no meio do começo, está no começo do meio, estando em ambos assim, está na ponta do fim?
2. Branquinho, brancão, não tem porta, nem portão?
3. Uma árvore com doze galhos, cada galho com trinta frutas, cada fruta com doze sementes?
4. Uma casa tem quatro cantos, cada canto tem um gato, cada gato vê três gatos, quantos gatos têm na casa?
5. Altas varandas, formosas janelas, que abrem e fecham, sem ninguém tocar nelas?

Fonte: Moça Formosa, Pai Carrancudo, de Ricardo Azevedo. FTD

(E. M. Professora Leila Mehl Menezes de Mattos)


Respostas:

1. A letra M
2. Ovo
3. Ano, mês, dia, hora
4. Quatro
5. Olhos



Lenda


Lenda do Quero-quero

O Rio Grande do Sul era habitado por tribos de índios. Os índios buscavam alimentos fazendo longas caminhadas. Levavam tudo que encontravam, por isso, andavam devagar. Ficavam expostos a animais selvagens. Dormiam ao relento, apenas as estrelas iluminavam o firmamento. Cansados, eles entravam em sono profundo ao anoitecer. Tinham como proteção a ave que diz "quero-quero". O grito da ave ecoava nas colinas e os índios acordavam e protegiam-se. Os índios passaram a ser amigos desse pássaro, que protegido pelospajés. As tribos reuniram-se e rezaram a tupã. Até hoje o quero-quero é asentinela do Rio Grande do Sul.

(K-House Semear)


Lenda do Violão

O violão, esse bonito instrumento de sons, pode-se dizer, ilimitado, foi criado há muitos anos, tantos, que a data certa já se perdeu na noite dos tempos...
E da sua origem diz assim a lenda:
Numa época imemorial existia em um certo e remoto país um casal de jovens apaixonados. Seus pais opunham-se tenazmente à realização dos seus sonhos de amor. E Viterbo e Olarinda - esses os nomes dos jovens amorosos - sofriam atrozmente pela insatisfação de seus desejos, a que os tinham condenado seus pais. Olarinda, como o nome bem faz adivinhar, era linda. Tinha formas esculturais e uma voz tão terna e maviosa que mais parecia, quando cantava, o trinado de um rouxinol. Mas Olarinda cantava, sim, como lenitivo para as mágoas de seu amor irrealizado. E alguns anos se passaram assim, os dois jovens sofrendo as dores de seus amores não realizados, temerosos de contrariar seus velhos pais.
Até que um dia, como sempre, um dia, Viterbo caiu gravemente enfermo e morreu. E Olarinda, então passou a vagar junto ao local em que jazia sepultado seu amado, chorando a sua dor e chamando aos deuses que a levassem também para junto de Viterbo, na eternidade. E foi numa dessas suas súplicas partidas do fundo do coração, que Olarinda viu surgir junto de si uma visão radiosa que lhe disse:
- Olarinda, eu sou tua fada protetora e sei bem quanto tens sofrido. Compadecida de ti, eis-me aqui para realizar teus desejos. De agora, por todo o sempre, vou trasnformar-te com esta varinha de condão num instrumento que te fará unida ao teu amado. Do nome do jovem tirarei a primeira sílaba - Vi - e a unirei às tuas iniciais - Ola - e esse será o seu nome. Darei ao instrumento as tuas formas maravilhosas de mulher bonita e amorosa. Nas suas cordas que serão como as fibras do coração de mulher apaixonada, quando tangidas, estarão presentes o tom de um lamento e o aveludado da tua voz. Serás, nesse instrumento, o lenitivo dos amantes das noites enluaradas e poéticas, dos que sofrem, dos tristes e dos desesperados. E, muito embora teu canto seja de tristeza, por contraditório que pareça, darás alegria aos corações dos que te ouvirem...
E assim dizendo, a bondosa fada tocou com a sua varinha mágica o corpo de Olarinda e ela tranformou-se na Viola, a que os tempos passando deu hoje o nome do Violão.



Simpatias e Superstições
Manual do supersticioso
Coceira na mão: Se a palma da mão coçar, é sinal que vem vindo dinheiro. Mas se a palma da mão direita é que estiver coçando, uma visita desconhecida está para aparecer. Coceira na sola do pé significa viagem ao exterior.
Elefantes: Ter um elefante de enfeite, sobre um móvel qualquer, sempre com a tromba erguida mas de costas para a porta de entrada, evita a faltade dinheiro. Outra figura que garante carteira cheia é o Buda. Ele deve ficar em cima da geladeira, sobre um prato cheio de moedas.
Orelha quente: Se sua orelha esquentar de repente, é porque alguém está falando mal de você. Nesses casos, vá dizendo o nome dos suspeitos até a orelha parar de arder. Para aumentar a eficiência do contra-ataque, morda o dedo mínimo da mão esquerda: o sujeito irá morder a própria língua.
Objetos perdidos: A maneira mais eficiente de encontrar algo quedesapareceu é dar tres pulinhos para São Longuinho.
Gato preto: Na idade média, acreditava-se que os gatos eram bruxas transformadas em animais. Por isso a tradição diz que cruzar com gato preto é azar na certa. Os místicos, no entanto, têm outra versão. Quando um gato preto entra em casa é sinal de dinheiro chegando.
Espelho quebrado: Quebrou um espelho? A superstição prega que serão seteanos de má sorte. Ficar se admirando num espelho quebrado é ainda pior. Significa quebrar a própria alma. Ninguém deve se olhar tambem num espelho à luz de velas. Não permita ainda que outra pessoa se olhe no espelho ao mesmo tempo que você.
Guarda-chuva: Dentro de casa, o guarda-chuva deve ficar sempre fechadinho. Segundo uma tradição, abri-lo dentro de casa traz infortúnios e problemas aos familiares.
Aranhas: Aranhas, grilos e lagartixas representam boa sorte para o lar. Matar uma aranha pode causar infelicidade no amor.
Brinde: Se o seu copo contiver algum tipo de bebida alcoólica, no brinde com ninguém cujo copo contenha bebida sem álcool. Vocês estarão se arriscando, nesse tintim, a ter seus desejos invertidos.
Vassoura: Colocar uma vassoura com o cabo para baixo atrás da porta faz as visitas indesejáveis irem embora logo. A vassoura deve ser guardada na posição vertical para evitar desgraças. Crianças que montarem em vassouras serão infelizes. Mais uma: varrer a casa à noite expulsa a tranqüilidade
Velas, lâmpadas e cigarros: Três velas ou três lâmpadas acessas num mesmo quarto podem ser prenúncio de morte. Acender três cigarros com um mesmo palito de fósforo também significa perigo. Trata-se de uma tradição de guerra. O primeiro cigarro aceso mostra o alvo ao inimigo, que mira no segundo e atira no terceiro.
Bons desejos: Na hora de acordar, abra os dois olhos ao mesmo tempo para ver tudo com clareza e não ser enganado por ninguém. Ao levantar, procure dar o primeiro passo com o pé direito para atrair boa sorte e felicidade. Faça um desejo ao cortar a primeira fatia de seu bolo de aniverásrio. Ponha um caroço de melancia na testa e, antes que ele caia, faça um desejo. Jogue uma moeda numa fonte. Só faça um desejo quando a água parar de se movimentar e você enxergar o seu reflexo. Os gregos atiravam moedas em seus poços para que estes nunca secassem. Faca um desejo ao usar um sapato novo pela primeira vez. Se você colocar a meia do avesso, não se preocupe: sinal de que uma boa notícia está para chegar. Enquanto você estiver cruzando uma pequena ponte, prenda a respiração e faça um desejo.
Qual a diferença entre amuleto, talismã e patuá ?
O amuleto é um objeto que oferece proteção mágica, usado para afastar as más influências. Desde dentes de animais até pedras preciosas podem ser amuletos. Já o talismã, além de proteger, tem um poder mágico que favorece a realização de inúmeros desejos. O patuá, um amuleto inventado pelos índios do Brasil, ainda é usado no Nordeste. É como um saquinho, feito de pano ou couro, pendurado numa corrente. Nele se guardam orações, ervas, pedras.
Por que se bate na madeira para afugentar o azar ?
Esse costume começou há cerca de 4 mil anos entre os índios da América do Norte; eles perceberam que, apesar de sua imponência, o carvalho era a árvore mais atingida pelos raios. Concluíram, portanto, que o carvalho era a morada dos deuses na Terra. Toda vez que se sentiam culpados de alguma coisa, batiam no tronco da árvore para chamar as divindades e pedir perdão.
Desde quando a ferradura e o trevo de quatro folhas são símbolos de sorte?
A tradição manda colocar a ferradura no alto da porta, sempre com as pontas viradas para cima. Na Grécia do século IV, a ferradura era considerada um amuleto, por ser feita de ferro, metal que o povo acreditava proteger contra os males. Sua forma lembrava a lua crescente, símbolo de fertilidade e prosperidade. Já o trevo uma planta de três folhas. A raridade de um trevo de quatro folhas que o transformou num amuleto para os antigos druidas, que habitavam a Inglaterra por volta do ano 200 a.C. Eles acreditavam que quem possuísse um desses trevos poderia ver os demônios da floresta e ganhar alguns de seus poderes sinistros. Atualmente virou sinônimo de boa sorte.
Qual será o sexo do bebê?
Existem algumas crenças para tentar adivinhar. Pedir a futura mamãe que mostre a mão uma delas. Se ela estender com a palma para baixo, será menino. Se a palma estiver para cima, nascerá uma menina. Existe também a linguagem do ventre. Se for pontudo e saliente, sinal de que um menino está para chegar. Arredondado e crescendo para os lados? Menina à vista.
O banho-de-cheiro traz felicidade?
Um banho com ervas variadas que deve ser tomado no primeiro dia do ano, no sábado de Aleluia, na noite de São João ou no Natal para trazer a felicidade. Normalmente, sua receita tem sete ervas: arruda, alecrim, manjericão, malva-rosa, malva-branca, manjerona e vassourinha. Algumas pessoas usam também hortelã, capim-santo e raspada raiz de jurema.

Fonte: Seção FOLCLORE in O GUIA DOS CURIOSOS de Marcelo Duarte, editado pela Cia. Das Letras, São Paulo, 1995. pg.367 a 371.

(Eliz)



Quadrinhas
"Eu te vi e tu me viste,
tu me amaste e eu te amei,
qual de nós amou primeiro
nem tu sabes, nem eu sei." "Esta noite tive um sonho
que não me sai da lembrança,
sonhei que vi a saudade
abraçada com a esperança." "Quem me dera ter agora
um cavalinho de vento
para dar um galopinho
aonde está meu pensamento."

Fonte: Fui pro mar colher laranja, de Ricardo Azevedo. FTD

(Escola Municipal Professora Leila Mehl Menezes de Mattos)



Trava-Línguas
" - Alô, o tatu taí?
- Não, o tatu num tá.
Mas a mulher do tatu tando,
é o mesmo que o tatu tá." "O pinto pia,
a pipa pinga.
Pinga a pipa,
o pinto pia.
Pinto pia,
pipa pinga.
Quanto mais
o pinto pia
mais a pipa pinga."
"Olha o sapo dentro do saco,
o saco com o sapo dentro,
o sapo batendo papo
e o papo soltando vento." "Paulo Pereira Pinto Peixoto,
pobre pintor português,
pinta perfeitamente portas,
paredes e pias,
por parco preço, patrão."

O que é Folclore
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.




As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:

Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curupira
Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Lobisomem
Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Mãe-D'água
Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Corpo-seco
É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.

Mula-sem-cabeça
Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Mãe-de-ouro
Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

Saci-Pererê
O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

Curiosidades:
- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.
- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representanda pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.
- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

como escrever cartas /curriculum!

Como escrever cartas


cartas de amor

carta comercial

ofício requerimento

circular

acta

Há vários tipos de cartas:

Cartas de amor, cartas comerciais, cartas de apresentação, cartas de candidatura, cartas, cartas, cartas....Conforme os objectivos de cada uma, assim muda a sua forma e o seu conteúdo.

Tarefa

Lê primeiro as informações presentes nesta página e vai realizando as actividades (6) que te proponho, depois voltas ao topo desta página e clicas aqui para tomares conhecimento com mais uma tarefa a realizar.

Cartas de amor

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos, 21-10-1935 ( Heterónimo de Fernando Pessoa)

Actividade 1 :

Pequeno questionário:

1. Neste poema há uma aparente contradição. Por um lado "as cartas de amor.. têm de ser ridículas", por outro, as pessoas que nunca as escrevem "é que são ridículas". Explica, por palavras tuas, o pensamento do poeta.



2. O poeta tem saudades do tempo em que escrevia cartas de amor. Transcreve a estrofe que contém essa afirmação.



3. O que pensas das cartas de amor?



Nota: Depois de responderes a este questionário envia as respostas para o meu email.

Modelos de cartas

A carta

A carta é, seguramente, um dos instrumentos mais úteis em situações diversas. Para além da carta de amor ou da carta a um(a) amigo(a), outras há que importa conhecer. A seguir forneço dois modelos de carta, entre os vários possíveis.

Exemplos:

Carta-resposta a um anúncio

Maria Helena Costa Faria

Rua do Moinho, 37

9580 VILA DO PORTO

Tel: 628587

Vila do Porto, 15 de Agosto de 1997

Ex.mo Senhor,

Em resposta ao anúncio de V. Ex: , publicado no Diário Insular de 15 do corrente, sob o número 777/97, venho por este meio candidatar-me ao emprego publicitado, pois julgo ter o perfil pretendido.

Com esse objectivo, remeto a V. Ex: o meu curriculum vitae colocando-me, desde já, à vossa disposição para um posterior contacto, onde poderei fornecer outras informações sobre a minha formação e experiência profissional.

Agradecendo antecipadamente toda a atenção que me queiram dispensar, subscrevo-me, com a mais elevada consideração,



Maria Helena Costa Faria

Anexo: Curriculum Vitae

Carta-pedido

Ana Carolina Simas

Rua das Águas Frias, 111

9600 Ribeira Grande

Tel. 6232402

EXMO. SENHOR

DIRECTOR COMERCIAL

AREAL EDITORES

4103 PORTO CODEX

Ribeira Grande, 1 de Setembro de 1997

Ex.mo Senhor

Solicito a Vª. Ex.ª se digne enviar-me à cobrança Os Lusíadas em Prosa, na versão de

Amélia Pinto Pais, que a Areal Editores, tão oportunamente, lançou no mercado.

Mais informo Vª. Ex.ª de que estou a fazer um trabalho sobre o livro, a apresentar na

primeira semana de Outubro, pelo que gos­taria que mo enviasse o mais breve possível.

Com a mais elevada consideração, subscrevo-me,



de Vª Ex.ª muito atenciosamente



Ana Carolina Simas

Actividade 2

Imagina que o livro chegou com algumas folhas em branco. Elabora uma carta a pedir a sua substituição.

Nota: Não esqueças que uma carta obedece a características formais que têm de ser

respeitadas, por isso confere na lista de verificação se não te esqueceste de nada.

LISTA DE VERIFICAÇÃO

1. Registei o local e a data no canto superior direito..

2. Escrevi o mês que consta da data por extenso (Ex: 5 de Julho e não 5/07).

3. Separei o Iocal da data por vírgula.

4. A carta tem uma saudação inicial, traduzida num vocativo (Ex: Cara amiga, Ex.mo Senhor...).

5. O texto da carta não começa na mesma linha da saudação.

6. Alinhei a saudação com o início dos parágrafos.

7. Deixei uma margem à esquerda e à direita.

8. A carta inclui uma curta despedida (Ex: Com os melhores cumprimentos, Com a mais elevada consideração).

9. Assinei a carta, no fim, no canto inferior direito.

Cartas de apresentação e candidatura

As cartas de apresentação e candidatura são divididas em 3 partes principais:

* Cabeçalho - o início das cartas deve conter a identificação do destinatário e do remetente e pode conter também o local e data de envio; por vezes também é possível colocar o assunto que deve incluir a referência do anúncio respondido;
* Corpo da carta - esta é a parte mais importante e inclui a origem da oferta de emprego com a indicação do cargo ao qual se concorre, o motivo da candidatura e quais as características que tem para oferecer e porque irão ser positivas para o empregador; as frases devem ser claras e concisas para não permitir ambiguidades de interpretação e dificuldade de compreensão;
* Conclusão - o final da carta deve mencionar a forma de ser contactado.

A apresentação das cartas deve ser bem cuidada e obedecer a algumas regras:

* simplicidade - a linguagem utilizada deve ser simples, as frases curtas e as ideias fundamentais devem estar contidas em poucas linhas;
* manuscrita - alguns empregadores valorizam as cartas de apresentação manuscritas pois fornecem mais alguns dados sobre a personalidade do candidato;
* formatação da carta - a carta deve estar escrita com uma letra legível, não demasiado pequena, obedecendo às margens do papel, e sem grandes destaques como sublinhados ou tipo de letra maior;
* espaçada - as cartas tornam-se mais legíveis quando se espaçam bem as linhas e parágrafos, dispondo o texto de uma forma homogénea sobre a folha de papel, mantendo uma estrutura equilibrada.

Carta- Ofício

O que é um ofício?

Ofício- Participação escrita em forma de carta que as autoridades, as secretarias, as associações, etc. ,endereçam aos seus subordinados, iguais ou superiores, em objecto de serviço público ou particular. Neste endereço encontras dois exemplos de ofícios.

Actividade 3

O Ministério da Educação enviou um ofício ao órgão de Gestão da Escola nº 1 de Telheiras a mandar encerrar a escola antes do fim do período:"...o estado de degradação do edifício põe em risco a segurança de alunos, professores e funcionários". Tenta reconstruir o referido ofício.

Requerimento

O requerimento é a forma do cidadão se dirigir à autoridade, solicitando um benefício, isto é, a satisfação de um interesse.

Exemplo:

(Requerimento à Câmara Municipal, solicitando provas de exame para a obtenção de licença de condução de velocípedes a motor).

O requerimento compreende os seguintes elementos:

* nome da autoridade, cargo por ele ocupado e órgão requerido - colocam-se na parte superior direita;
* identificação do requerente - é indispensável e deve apresentar todos os dados julgados necessários ou convenientes: nome, número do bilhete de identidade, estado civil, profissão, morada, número de contribuinte, etc.
* pedido ou objecto do requerimento - deve conter circunstâncias, ocorrências e situações anteriores que possam, aos olhos da autoridade, justificar o pedido;
* "pede deferimento" - deferir é satisfazer o pedido, usando-se frequentemente esta expressão com o significado de que o autor do requerimento espera que o seu pedido seja atendido;
* local, data e assinatura - são os elementos por que termina este documento.

Exmº. Senhor

Presidente da Câmara Municipal de

Celorico da Beira

António José da Silva Torres, solteiro, estudante, de 18 anos de idade, residente no lugar dos Pinheiros, freguesia da Ponte, concelho de Celorico da Beira, contribuinte nº 265748, portador do Bilhete de Identidade nº 871634, passado pelo arquivo de Identificação de Lisboa, em 17 de Maio de 2000.

Vem requerer a Vª Exª se digne mandar sujeitá-lo às componentes provas de obtenção de Licença para a condução de velocípedes com motor a que se refere o artigo nº 54 do Código da estrada, aprovado pelo Decreto-Lei nº 39 672 de 20 de Maio de 1954.

Pede Deferimento

Celorico da Beira, 23 de Março de 2003

O requerente

António J. da Silva Torres

Actividade 4

Dirige-te à tua Câmara Municipal e pede autorização para a colocação de reclamos luminosos em estabelecimento comercial.

Circular

O objectivo da circular é comunicar uma informação, por exemplo, mudança de direcção ou telefone, mudança pessoal, abertura de uma nova dependência ou programa, alteração de preço ou condições de venda, anúncio de visitas, termo de um serviço, encerramento para férias, etc.

Os cuidados a ter é escrever com clareza, simplicidade e brevidade, já que nos dirigimos a todos como se fosse a cada um. Os parágrafos devem ser curtos e a expressão ordenada, assim como a conclusão deve ser afectuosa e a assinatura manuscrita, o que contribui para cativar o leitor.

Exemplo

Edmundo Martins

Fazendas e miudezas

Avenida Sacadura Cabral, 27

4560 Penafiel

Penafiel, 28 de Setembro de 2003

Amigo e Senhor

CIRCULAR

Tenho a satisfação de levar ao conhecimento de Vª exª que o Banco Luso-Americano, com sede no Porto e filiais em Braga, Viana do castelo e Coimbra, acaba de me nomear s/ correspondente nesta cidade.

Dadas as importantes relações comerciais existentes entre a nossa terra e a capital do Norte, espero que Vª Exª se dignará aproveitar os n/ serviços para todas as transacções com aquele importante e acreditado estabelecimento bancário, que estejam no âmbito das minhas atribuições.

Com elevada estima me subscrevo

De Vª Exª

Muito atenciosamente

Edmundo Martins

Actividade 5

Como elemento da Associação Cultural da escola, redige uma circular endereçada a todos os alunos da escola, convidando-os a participar no festival desportivo nas férias da Páscoa do próximo ano.

A acta

A acta reproduz os factos, as decisões e opiniões reportadas a assembleias, reuniões ou conselhos. É o relato oficial de tudo o que se passou durante a reunião de uma instituição, departamento, secção, conselho ou grupo de trabalho.

A acta é elaborada pelo secretário da reunião que tem a difícil e penosa tarefa de , ao longo dela, recolher os apontamentos indispensáveis à sua posterior elaboração. Deve ser escrita no livro de actas, cujas folhas devem estar rubricadas e numeradas, pelo Presidente da Mesa da Assembleia, o mesmo acontecendo com os termos de abertura e de encerramento.

A redacção da acta deve ser simples, concisa e clara; não deve haver abreviaturas e os números tal como as datas escrevem-se por extenso; intervalos em branco, entrelinhas e rasuras são eliminados.

A acta é o meio de formação da "vontade colectiva"; o elemento de prova e de interpretação dessa vontade; o registo da vida da instituição.



Conteúdo:

A acta deve conter os seguintes elementos:

1.

Recebe o número que lhe calhar;
2.

Começa com a indicação do dia, mês, ano e hora em que teve lugar a sessão;
3.

Indica o local da reunião;
4.

Menciona o tipo de reunião: se ordinária, se extraordinária, se realizada em primeira convocatória, se em segunda convocatória;
5.

Indica o nome dos presentes;
6.

Inclui a Ordem de Trabalhos, na íntegra e tal como foi enviada na convocatória;
7.

Refere a hora a que se iniciou e o número de sócios presentes;
8.

Menciono a leitura, a votação e a aprovação da acta da sessão anterior, caso exista para aprovação;
9.

regista as comunicações feitas pelo Presidente da Mesa;
10.

Retém os nome dos intervenientes e o resumo das suas considerações;
11.

Inclui ainda o resultado de qualquer votação que tenha tido lugar;
12.

Regista a fórmula de encerramento;
13.

Deve ser assinada pelo presidente e pelo secretário.

--------------------Acta número trinta e três---------------

----Aos vinte e um dias do mês de Setembro, do ano de dois mil e três, pelas vinte e uma horas, com a presença dos elementos da direcção da Associação Cultural " O sonho", constituída pelos senhores António Pereira e Marco Silva, teve lugar a reunião periódica da mesma direcção, presidida pelo vice-presidente, António Pereira, com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto zero - Período de antes da Ordem de Trabalhos; Ponto um - Preenchimento dos documentos do concurso; Ponto dois - Plano de Actividades para o próximo ano.----------------------------------

----Ponto zero: aberta a sessão, foi lida a acta da reunião anterior, que depois de sofrer uma ligeira correcção gramatical, num período, foi aprovada pelo Conselho e, de seguida. assinada em prova de conformidade.------------------------------------

Na ausência do presidente, assumiu a direcção da reunião o vice-presidente, que depois de saudar os presentes, declarou ser de interesse enviar a todos os elementos da direcção fotocópia da acta aprovada, explicando que seria um estímulo e um convite a estarem presentes em reuniões futuras.--------------------

-----Passou a palavra ao senhor tesoureiro, senhor Marco Silva que fez alguns reparos sobre os gastos da associação e da necessidade de todas as despesas serem justificadas e apresentarem factura.---------------------------------------------------

----Relativamente ao ponto dois da ordem de trabalhos foi apresentado e discutido o plano de actividades da Associação, tendo suscitado alguma discussão entre os presentes. No final foi aprovado por unanimidade.----------------------------------------------

----Nada mais havendo a tratar, pelas vinte e duas horas e quarenta cinco minutos, deram-se por findos os trabalhos da reunião, da qual se lavrou a presente acta que, depois de lida e aprovada, será por mim, assinada e pelo vice-presidente.-----------

O Secretário_______________________________

O Vice-Presidente___________________________

-----------------------------------------------------------------------------------------------

Convocatória

É um documento que chama os sócios para reunir, elaborado por quem tem poderes institucionais para o fazer. Normalmente, é dada a conhecer por aviso (ou postal) a cada participante, com a antecedência considerada necessária - nas associações é de oito dias - contendo:

_ o dia, a hora e o local da reunião;

_ a respectiva Ordem de trabalhos;

_ o assunto ou assuntos a serem tratados na reunião;

_ o tipo de sessão ou reunião - ordinária ou extraordinária;

_ a data em que ele é feita;

_ a pessoa que a emite e o seu cargo;

_ a assinatura desta mesma pessoa.



Actividade 6



Redige a acta da reunião convocada pela seguinte

Convocatória



Convocam-se todos os elementos da Associação de estudantes da Escola Profissional de Braga, para uma reunião a realizar no dia 15 de Outubro de 2003, pelas 18H30 na sala do 2º ano de Secretariado, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

Ponto zero: Leitura e aprovação da acta da reunião anterior;

Ponto um: Discussão do plano de actividades para o ano lectivo 2003/2004;

Ponto dois: Apresentação das contas referentes ao ano lectivo transacto;

Ponto três: Outros assuntos.


Como escrever uma carta



Carta formal





Cabeçalho



Joana Fernandes

Av. do Brasil, 567, 4º Esq.

1700-023 Lisboa






Ex.mo Senhor:

Dr. Pedro Faria Magalhães

Instituto do Emprego e Formação Profissional

Av. 24 de Julho, 541, 7º

1200 - 034 Lisboa


Lisboa, 5 de Maio de 2007

Assunto: Envio de documentação / ...



Abertura e texto inicial

Ex.mo Senhor / Ex.ma Senhora / Ex.mos Senhores:



* Junto envio a documentação referente ao...
* Venho enviar a documentação... / Envio em anexo o meu Curriculum Vitae...
* Venho solicitar a V. Ex.a se digne conceder-me uma audiência...
* Solicito a atenção de V. Ex.a para o assunto que passo a expor:
* Em resposta ao anúncio publicado no jornal... do passado dia..., venho apresentar a V. Ex.as a minha candidatura ao lugar de ...
* Na sequência da conversa telefónica com..., venho comunicar a V. Ex.a a minha disponibilidade para...
* Venho informar V. Ex.a de que estou inteiramente ao vosso dispor para uma possível colaboração com a vossa empresa.
* Como é do conhecimento de V. Ex.a, encontro-me actualmente a desempenhar as funções de...
* Venho solicitar a atenção de V. Ex.as para os factos que passo a expor.
* Vimos chamar a atenção de V.Ex.as para a seguinte situação.




Fecho



*

Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Ex.a, apresento os meus melhores cumprimentos,
*

Com os (meus/nossos) melhores cumprimentos,
*

Atentamente,





Carta informal





Cabeçalho

Lisboa, 7 de Maio de 2008


Abertura



* Caro(a) amigo(a): / Caro(a) amigo(a), (menos informal)
* Caro Jorge: / Caro Jorge, (menos informal)
* Jorge: / Jorge,
* Jorge e Mariana: / Jorge e Mariana,
* Olá, Jorge! / Olá, Jorge, (familiar)
* Querida mãe,
* Querido Jorge: / Querido Jorge, (muito íntimo)
* Querido(a) amigo(a): / Querido(a) amigo(a), (muito íntimo)




Fecho



* Saudações de amizade, / Saudações cordiais (relativamente formal)
* Um abraço, (informal)
* Um beijinho, / Um beijo, / Muitos beijos, / Muitos beijinhos, (familiar)



NOME DO CANDIDATO

Endereço:

CEP:

Cidade/estado:

E-mail:

Tel.: Comercial: Tel.: Residencial Tel.: Celular

Idade:

Estado civil:



Áreas de Interesse ou Objetivo
Formação Acadêmica (Grau de Escolaridade) 19XX/19XX Graduação em ...... pela Universidade .......
Aprimoramento Profissional Cursos, seminários, palestras e outros Trabalhos publicados
Histórico Profissional Empregos (No máximo 3) 01/19XX a ... Nome da empresa Cargo: Atividade desenvolvidas: Cidade-UF mês/ano. ou Estágios (No máximo 3) 01/19XX a ... Nome da empresa Estagiário em ... Atividade desenvolvidas: __________________________ ( Nome e Assinatura do Candidato)


Forma:

Utilize o recurso de frases curtas, no máximo de três linhas, adotando um estilo direto, objetivo, claro e sucinto. O selecionador quer saber se o candidato é capaz de fazer aquilo que a empresa precisa e não como ele faz isso. Currículos que serão colocados em sites de recolocação na Internet devem ser mais concisos do que nunca.
O texto do curriculum deve ser claro e objetivo, pois o selecionador tem muitos currículos para analisar e não pode perder tempo.
Pense muito bem antes de encaminhar um currículo com mais de duas folhas, ainda que você tenha qualificações e outras habilidades para encher um livro. Utilize no máximo três folhas em qualquer hipótese.
Evite parágrafos longos (com mais de 5 linhas) e dê um bom espaço entre as linhas, pois um texto muito carregado dificulta a leitura.
Você pode escolher um outro tipo de letra em seu micro, diferente da que acompanha o software, mas sempre escolha uma que facilite a leitura, bem como dê ao seu currículo uma sóbria, elegante e adequada aparência.
O tipo de papel que você escolher para imprimir seu currículo pode fazer uma enorme diferença na aparência e estética geral. Experimente, por exemplo, usar papel de outras cores claras (azul, verde, amarelo, rosa etc. ), de outra gramatura, ou de outro tipo (ex: vergê ).
Dê preferência ao formato de papel A4, caso contrário o arquivamento por parte da empresa será prejudicado.
Use envelope grande, evitando que seu currículo chegue amassado ou dobrado.
Nada de encadernação, capa ou plastificação.
Evite fotocópias, principalmente as de má qualidade. Use a impressora.
Antes de encaminhar o currículo, leia-o e releia-o para se assegurar de que não há erros de qualquer espécie. Não confie apenas no corretor de texto.
Encaminhe-o, preferencialmente, pelo correio. Evite fax, pois compromete a aparência.
Atenção:

Você pode anexar a seu currículo uma carta explicitando as razões que o levaram a enviá-lo, e em curtas palavras, demonstrar as razões de seu especial interesse pela posição em disputa. A carta, se bem redigida, pode ajudar na apresentação de seu currículo, despertando mais interesse no selecionador.
Nunca minta. Mentiras nunca são perdoadas ou relevadas, mesmo que descobertas após você conseguir a vaga.
Nunca junte cartas de referências ou certificados de conclusão, de qualquer espécie, por melhor que sejam. Apresente estes documentos somente quando solicitados.
Não envie fotos junto com o seu currículo, exceto quando solicitado. Se for o caso, use o bom senso. Envie uma foto séria, lembre-se que está em um ambiente profissional.
Não faça correções do currículo a mão e nem deixe borrões.
Currículo é um documento sério. Nada de expressões informais e gírias. Não queira parecer engraçado e demonstrar bom humor com brincadeiras ou piadinhas. Não use exclamações ou manifestações emocionais
Não coloque informações detalhistas.
Não cite hobbies pessoais no currículo.
Um currículo bem feito não é garantia para se conseguir um emprego. Mas, com um currículo mal preparado, a chance de você ser descartado na primeira seleção é enorme.


COMO ELABORAR UM CURRICULUM

Gildenir Carolino Santos



1. INTRODUÇÃO

"O currículo é o registro da sua história profissional, leitor. É a sua propaganda, e como tal não pode ser apenas um pedaço de papel frio. É um documento que deve ser elaborado para destacar suas habilidades e realizações, de tal forma que soe como um tambor ou um clarim, anunciando quem você é, de maneira elegante e agradável. O currículo deve se constituir numa mensagem breve. Não é à toa que quase em muitos países se utiliza a palavra francesa résumé (que significa resumo) para designar currículo. Normalmente o currículo chega ao seu potencial empregador antes de você, portanto, quanto melhor a impressão que causar a seu respeito, mais oportunidades poderá propiciar. " (Botelho & Case, 2001).

O curriculum deve ter no mínimo de duas a três folhas, colocando-se os dados essenciais para a leitura do mesmo, na empresa desejada, para o cargo desejado.



2. DADOS ESSENCIAIS

2.1 Identificação
2.1.1 Nome
2.1.2 Idade
2.1.3 Estado civil
2.1.4 Nacionalidade
2.1.5 Endereço (Rua, nº, complemento, bairro, CEP, cidade, estado)
2.1.6 Telefone para contato

2.2 Formação Acadêmica

2.3 Atuação profissional (empregos: citar em ordem decrescente)

2.4 Área de atuação (planejamento das atividades)

2.5 Formação profssional (cursos, treinamentos e trabalhos realizados)



3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O curriculum é sua chave de apresentação em algum campo profissional. Nele registra-se a sua identidade. É recomendável que faça-se uma capa e encaderne de forma mais simples para que o curriculum fique apresentável. Outra forma mais fácil de entregar o curriculum para alguém ou na empresa desejada, é atravé da Internet. Seja por via e-mail ou disponibilizando em sites que cadastram curriculum em Bolsa de Empregos.

Passos


1

Organize seus dados pessoais e de contato: nome completo, data de nascimento, estado civil, endereço, telefone e e-mail.
2

Organize as informações em três categorias: "formação", "experiência" e "objetivos". (Você pode trocar estas palavras por sinônimos, se achar melhor).
3

Em "formação", organize as informações da seguinte maneira: data, instituição e o que você estudou. Se você estiver cursando a universidade, não precisa informar a quantidade de matérias que já fez, a menos que isso seja pedido. Inclua também os idiomas que você sabe e esclareça sobre cada um se você sabe ler, escrever e falar.
4

Dentro de "experiência", descreva brevemente os itens que você incluir, organizados por data, do mais recente para o mais antigo. Inclua as seguintes informações: ano(s), empresa, cargo que ocupou e uma referência de contato.
5

Para "objetivos", elabore em primeira pessoa um parágrafo claro, sintético e concreto sobre suas pretensões, seus interesses e capacidades em relação ao trabalho.
Por exemplo: "Estou interessada em aprofundar a minha experiência na área de design digital porque trabalhei nessa área em outras empresas e sei que meu desempenho é bom. Tenho conhecimentos de Flash 8.0 e After FX. Gostaria de trabalhar em equipe e de incorporar novas ferramentas a partir da interação com os meus colegas."
6

Apresente o currículo com letra Garamond ou Trebuchet, tamanho 12. Para os títulos, você pode usar uma letra maior e em negrito.
7

Inclua uma foto atualizada no alto do currículo.
8

Organize seu currículo de forma que não tenha mais de duas páginas.
9

Entregue-o em uma pasta sóbria, com capa de plástico transparente, para que a primeira folha fique visível.

Abreviaturas /pronome

Abreviaturas


As abreviações utilizadas na língua revelam o ritmo acelerado da vida moderna, que faz com que se economizem palavras e tempo, mediante uma comunicação mais rápida, que reduz frases, expressões e palavras. Veja os exemplos:

cinematógrafo > cinema > cine
pornográfico > pornô
telefone > fone
psicologia > psico
pneumático > pneu
professor > profe
português > portuga
japonês > japa
Florianópolis > Floripa
São Leopoldo > São Leo


A abreviação que se apresenta nesta seção denomina-se de abreviatura.
A abreviatura é parte da palavra escrita que indica ou resume a palavra, por meio

* da letra inicial: v. = veja

* das letras ou sílabas iniciais: of. = ofício

* de letras iniciais, mediais ou finais: pq. = porque



A abreviatura caracteriza-se

* pelo ponto abreviativo: ed. = edição

* pela inicial maiúscula ou minúscula (conforme a norma ortográfica): V. Exa. = Vossa Excelência

* pela acentuação e flexão: cód. = código - fs. = folhas




Lista Geral

abreviatura = abr., abrev.
academia = acad.
acórdão = ac.
ad valorem, pelo valor = ad val.
advocacia = adv., advoc.
agricultura = agr., agric.
agronomia = agron.
aguarda deferimento = A.D.
alqueire(s) = alq.
altitude = alt., altit.
alvará = alv.
anno Christi, no ano de Cristo, na era cristã = A.C.
ante meridiem (antes do meio dia) = a.m.
antes de Cristo = a.C.
ao ano = a/a, a.a.
ao mês = a/m
ao(s) cuidado(s) de = a/c, A/C
apartamento = ap., apart.
apêndice = ap., apênd.
aritmética = arit., aritm.
arquitetura = arq., arquit.
arroba(s) = A., arr.
artigo, artigos = art., arts.
assembléia = assem., assemb.
associação = assoc.
atenciosamente = at.te, (atte.)
atestado, à atenção de = at.
autor, autores = A., AA.
balanço = bal.
bateria = bat.
caixa(s) = cx.
capítulo, capítulos = cap., caps.
catálogo = cat.
cheque = ch.
circular = circ.
círculo = círc.
citação, citado(s) = cit.
classe(s) = cl.
código = cód.
coleção, coleções; coluna, colunas = col., cols.
com, cada, conta = c/
companhia = C.ia, Cia.
compare = cp.
conforme = cfe., cfm., conf.
confronte, confira, confere = cf., cfr.
conselho = cons.
construção = constr.
conta aberta = c/a
contabilidade = contab.
conta-corrente, com cópia(s), combinado com = c/c
contadoria = contad.
co-seno = cos.
crédito = créd.
débito = déb.
decreto = dec.
departamento, departamentos = dep., deps.
depois de Cristo = d.C., D.C.
desconto(s) = desc.
despesa(s), desporto(s) = desp.
deve = D.
dicionário = dic.
diploma = dipl.
divisão, divisões = div.
documento, documentos = doc., docs.
dúzia(s) = dz.
edição = ed.
edifício = ed., edif.
editor, editores = E., EE.
educação = ed., educ.
elemento(s) = el.
eletronic mail (correio eletrônico) = e-mail
em mão(s) = E.M.
endereço = end.
endereço telegráfico = end. tel.
espera deferimento = E.D.
estante(s); estabelecimento; estrada = est.
et alii, e outros (em citações) = et al.
et cetera (lat.) = e outras coisas, e os outros, e assim por diante = etc.
exemplar(es), exemplo(s) = ex.
exempli gratia (lat.) = e. g.
fac-símile = fs.
fascículo = fasc.
figura = fg., fig.
folha; folhas = f., fl., fol., ff., fs., fols.
ganhos e perdas = G/P
gênero(s) = gên.
grão (peso) = gr.
grosa, grosas = gr., grs.
habitantes = hab.
haver (comercialmente) = H.
homens = h.
Honoris causa (por honra, honorariamente) = h.c.
Ibidem (no mesmo lugar) = ib., ibid.
id est (isto é) = i.e.
idem ( o mesmo, do mesmo autor) = id.
índice = ind.
inferior = inf.
informação = inf., inform.
isto é = i.é.
jurídico = jur.
lançado (comercialmente), letra(s) (comercialmente) = l.
légua, léguas = lég., légs.
limitada (comercialmente) = Lt.da, Ltda.
livro = l., liv., l°, lo.
logaritmo = log., logar.
manuscrito, manuscritos = ms., mss.
medicina = med.
medicina do trabalho = med.trab.
medicina legal = med. leg.
médico = méd.
médico-veterinário = méd. -vet.
memorando = memo., memor.
mês, meses = m.
meses de data = m/d
meses de prazo = m/p
meu cheque = m/ch.
meu número = m/nº
meu saque = m/s
meu(s), minhas(s) = m/
minha carta, minha conta = m/c
minha comissão = m/com.
minha conta-corrente = m/c/c
minha ordem = m/o
minha referência = m/ref.
minha remessa = m/rem.
mister (inglês = senhor) = Mr.
mistress (inglês = senhora) = Mrs.
monsieur (francês = senhor) =M.
município, municípios = M., MM., mun.
nome próprio = n.p.
nome, número(s) = n.
nossa carta, nossa casa, nossa conta (comercialmente) = n/c
nossa(s) letra(s) (comercialmente) = n/l
nosso cheque = n/ch.
nosso saque (comercialmente) = n/s
nosso(s), nossa(s) (comercialmente) = n/
nota bene (latim = nota/note bem) = N.B.
nota da editora = N. da E.
nota da redação = N. da R.
nota do autor = N. do A.
nota do editor = N. do E.
numeral = num.
número (gramaticalmente, isto é, número gramatical = singular, plural) =num.
número = nº
obra(s) = ob.
obra(s) citadas = ob. Cit.
observação = obs.
ofício, oficial = of.
opere citato (na obra citada), opus citatum (obra citada) = op. cit.
ordem = o/
organização = org., organiz.
pacote(s) = pc.
pagamento = pg.to, pgto.
página(s) (ABNT) = p., pp., ps.
pago (adjetivo), pagou = pg.
palavra(s) = pal.
palmo, palmos = p., ps.
para, por, próximo (comercialmente) = p., p/
parecer = par.
passim (aqui e ali, em diversos lugares da obra citada), passado, passivo = pass.
peça(s) = pç.
pede deferimento = P.D.
pede justiça = P.J.
peso bruto = P.B.
peso líquido = P.L.
polegada(s) = pol.
por conta = p/c
por especial obséquio = P.E.O.
por exemplo = p. ex.
por ordem = P.O.
por procuração; próximo passo = p.p.
porque = pq.
portaria = port.
post meridiem (depois do meio-dia); post mortem(depois da morte) = p.m.
post scriptum (depois de escrito, pós-escrito) = p.s.
problema(s) = probl.
processo, procuração = proc.
próximo futuro = p.f.
quantum satis (quanto baste, em receitas médicas) = q.s.
quilate(s) = ql.
quod erat demonstrandum (o que devia ser demonstrado) = Q.E.D., Q.e.d.
receita = rec.
referência, referente = ref.
registro = rg., reg.
relatório = rel., relat.
remetente = rem.te, Remte.
reprovado (classificação escolar); réu (em linguagem forense) = R.
residência = res.
revista = rev.
rubrica = rubr.
saco, sacos = sc., scs.
salvo erro ou emissão = S.E.O.
salvo melhor juízo = S.M.J., s.m.j.
São, Sul = S.
scilicet ( a saber, quer dizer) = sc.
seção = seç.
secretaria, secretário, secretária = sec., secr.
século, séculos = séc., sécs.
seguinte, seguintes = seg., segs., ss.
sem data = s.d., s/d
sem gastos = s.g.
semana(s), semelhante(s), semestre(s) = sem.
seminário = sem., semin.
série = ser.
sine die (sem dia marcado, sem data marcada) = s.d.
sociedade (comercialmente) = soc.
Sociedade Anônima = S.A., S/A
sua carta, sua conta (comercialmente) = s/c
sua casa = S/C, s/c
sucessor(es) (comercialmente) = suc.
sucursal = suc.
também = tb.
telefone, telegrama = tel.
termo, termos = t., tt.
tesoureiro = tes.
testamento = testº, testo.
testemunha = test.
título(s) = tít.
tomo, tomos = t., ts., tt.
tonel, tonéis = ton.
tratado, tratamento =trat.
trimestral = trim., trimest., trimestr.
trimestre(s) = trim.
unidade, uniforme = un.
universidade = univ., univers.
usado, usada = us.
uso externo = u.e.
valor(es) = val.
veja, vide (latim = veja) = v.
verbi gratia (por exemplo) = v.g.
volume, volumes = vol., vols.



Formas de Tratamento

acadêmico = Acad., Acadêm.
advogado = Adv.º, Advo.
almirante = Alm.
arcebispo = Arc.º, Arco.
bacharel, bacharela, bacharéis, bacharelas = B.el, Bel., B.ela, Bela., B.éis, Béis., B.elas, Belas.
bispo = B.po, Bpo.
capitão = Cap.
cardeal = Card.
comandante = Com., Com.te, Comte.
comendador = Com., Comend., Com.or, Comor.
cônego = Côn.º, Côno.
conselheiro = Cons., Consel., Conselh., Cons.º, Conso.
contador = Cont.dor, Contdor., Cont.or, Contor.
contra-almirante = C.-alm.
coronel = C.el, Cel.
deputado = Dep.
desembargador, desembargadora = Des., Des.ª, Desa.
diácono = Diác.
Digníssimo = DD.
Digno, Dom, Dona = D.
Dona = D.ª, Da.
doutor, doutores = D.r, Dr., D.rs, Drs.
doutora, doutoras = D.ra, Dra. D.ras, Dras.
editor, editores = E., EE.
embaixador extraordinário e plenipotenciário = E.E.P.
Eminência = Em.ª, Ema.
Eminentíssimo = Em.mo, Emmo.
enfermeiro, enfermeira = Enf., Enf.ª, Enfa.
engenheiro, engenheira = Eng., Eng.º, Engo.
enviado extraordinário e ministro plenipotenciário = E.E.M.P.
Estado-Maior = E.M., E.-M.
Excelência = Ex.ª, Exa.
Excelentíssimo, Excelentíssima = Ex.mo, Exmo. Ex.ma, Exma.
general = Gen., G.al, Gal.
ilustríssimo, Ilustríssima = Il.mo, Ilmo., Il.ma, Ilma.
madame (francês = senhora) = M.me, Mme.
mademoiselle (francês = senhorita) = M.lle, Mlle.
major = maj.
major-brigadeiro = Maj.-Brig.
marechal = Mar., M.al,Mal.
médico = Méd.
Meritíssimo = MM.
mestre, mestra = Me, Me., Mª, Ma.
mister (inglês = senhor) = Mr.
monsenhor = Mons.
monsieur, messieurs (francês = senhor, senhores) = M., MM.
Mui(to) Digno = M.D.
Nossa Senhora = N.Sª, N.Sa.
Nosso Senhor = N.S.
padre = P., P.e, Pe.
pároco = Pár.º, paro.
pastor = Pr.
Philosophiae Doctor (latim = doutor de/ em filosofia) =Ph.D.
prefeito = Pref.
presbítero = Presb.º, Presbo.
presidente = Pres., Presid.
procurador = Proc.
professor, professores = Prof., Profs.
professora, professoras = Prof.ª, Profa., Prof.as, Profas.
promotor = Prom.
provedor = Prov.
rei = R.
Reverendíssimo, Revendíssima = Rev.mo, Revmo., Rev.ma, Revma.
Reverendo = Rev., Rev.do, Revdo., Rev.º, Revo.
Reverendo Padre = R.P.
sacerdote = Sac.
Santa = S., S.ta, Sta.
Santíssimo = SS.
Santo = S., S.to, Sto.
Santo Padre = S.P.
São, Santo, Santa = S.
sargento = Sarg.
sargento-ajudante = Sarg.-aj.te,Sarg.-ajte.
secretário, secretária = Sec., Secr.
senador = Sen.
senhor, senhores = S.r, Sr., S.rs, Srs.
senhora, senhoras = S.ra, Sra., S.ras, Sras.
senhorita, senhoritas = Sr.ta, Srta., Sr.tas, Srtas.
Sênior = S.or, Sor.
sóror = Sór., S.or, Sor.
Sua Alteza Real = S.A.R.
Sua Alteza = S.A.
Sua Eminência = S.Em.ª, S.Ema.
Sua Excelência = S..Ex.ª, S.Exa.
Sua Excelência Reverendíssima = S.Ex.ª Rev.ma, S. Exa. Revma.
Sua Majestade = S.M.
Sua Reverência = S. Rev.ª, S.Reva.
Sua Reverendíssima = S.Rev.ma, S. Revma.
Sua Santidade = S.S.
Sua Senhoria = S.Sª, S.Sa.
tenente = Ten., T.te, Tte.
tenente-coronel = Ten. -c.el, Ten.-cel., t.te - c.el, Tte. - cel.
tesoureiro = Tes.
testemunha = Test.
vereador = Ver.
veterinário = Vet.
vice-almirante = V. -alm.
vigário = Vig., Vig.º, Vigo.
visconde = V.de, Vde.
viscondessa = V.dessa, Vdessa.
você = V., v.
Vossa Alteza = V.A.
Vossa Eminência, Vossas Eminências = V.Em.ª, V.Ema., V.Em.as, V.Emas.
Vossa Excelência Reverendíssima, Vossas Excelências Reverendíssimas = V.Ex.ª Rev.ma, V. Exa. Revma., V.Ex.as Rev.mas, V. Exas. Revmas.
Vossa Excelência, Vossas Excelências = V.Ex.ª, V.Exa., V.Ex.as, V.Exas.
Vossa Magnificência, Vossas Magnificências = V. Mag.ª, V.Maga., V.Mag.as, V.Magas.
Vossa Majestade = V.M.
Vossa Revendíssima, Vossas Reverendíssimas = V. Ver.ma, V. Revma., V.Rev.mas, V. Revmas.
Vossa Reverência, Vossas Reverências = V.Rev.ª, V.Reva., V. Rev.as, V.Revas.
Vossa Senhoria, Vossas Senhorias = V.S.ª, V.Sa., V.S.as, V.Sas.



Nomes dos Meses

janeiro = jan.
fevereiro = fev.
março = mar.
abril = abr.
maio = maio (De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
maio = mai. (De acordo com a Academia Brasileira de Letras)
junho = jun.
julho = jul.
agosto = ago.
setembro = set.
outubro = out.
novembro = nov.
dezembro = dez.


Vias e Lugares Públicos


Segundo as normas ortográficas, emprega-se inicial maiúscula nos nomes de logradouros públicos (avenida, rua, praça, etc.), o que explica a maiúscula nas abreviaturas a seguir.

Alameda = Al.
Avenida = Av.
Beco = B.
Calçada = Cal., Calç.
Distrito = D., Dt. *
Estrada = Est.
Galeria = Gal. *
Jardim = Jd.*
Largo = L., Lg. *
Praça = P., Pç. *
Parada = Pda. *
Parque = Pq., Prq. *
Praia = Pr. *
Rua = R.
Rodoviária = Rdv. *
Rodovia = Rod. *
Retorno = Rtn. *
Trevo = Trv. *
Travessa = T., Tv. *
Via = V. *
Viaduto = Vd. *

* Abreviaturas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT).



Livros, Capítulos e Versículos da Bíblia


1. Antigo Testamento

O Pentateuco:

Livro da Gênese = Gn
Livro do Êxodo = Ex
Livro do Levítico = Lv
Livro dos Números = Nm
Livro do Deuteronômio = Dt



Históricos:

Livro de Josué = Js
Livro dos Juízes = Jz
Livro de Rute = Rt
1º Livro de Samuel = I Sm
2º Livro de Samuel = II Sm
1º Livro de Reis = I Rs
2º Livro de Reis = II Rs
1º Livro de Crônicas = I Cr
2º Livro de Crônicas = II Cr
Livro de Esdras = Esd
Livro de Neemias = Ne
LIvro de Tobias = Tb
Livro de Judite = Jud
Livro de Ester = Est
1º Livro dos Macabeus = I Mc
2º Livro dos Macabeus = II Mc



Sapienciais:

Livro de Jó = Jó
Livro dos Salmos = Sl
Livro dos Provérbios = Pr
Livro do Eclesiaste = Ecl
Cântico dos Cânticos = Ct
Livro da Sabedoria = Sb
Livro do Eclesiástico = Eclo


Proféticos:

Livro de Isaías = Is
Livro de Jeremias = Jr
LIvro das Lamentações = Lm
Livro de Baruc = Br
Livro de Ezequiel = Ez
Livro de Daniel = Dn
Livro de Oséias = Os
Livro de Joel = Jl
Livro de Amós = Am
Livro de Abdias = Ab
Livro de Jonas = Jn
Livro de Miquéias = Mq
Livro de Naum = Na
Livro de Habacuc = Hab
Livro de Sofonias = Sf
Livro de Ageu = Ag
Livro de Zacarias = Zc
Livro de Malaquias = Ml


2. Novo Testamento

Evangelhos:

Evangelho segundo Mateus = Mt
Evangelho segundo Marcos = Mc
Evangelho segundo Lucas = Lc
Evangelho segundo João = Jo


Atos:

Atos dos Apóstolos = At


Epístolas:

Epístola dos Romanos = Rm
1ª Epístola dos Coríntios = I Cor
2ª Epístola dos Coríntios = II Cor
Epístola aos Gálatas = Gl
Epístola aos Efésios = Ef
Epístola Filipenses = Fl
Epístola aos Colossenses = Cl
1ª Epístola aos Tessalonicenses = I Ts
2ª Epístola aos Tessalonicenses = II Ts
1ª Epístola a Timóteo = I Tm
2ª Epístola a Timóteo = II Tm
Epístola a Tito = Tt
Epístola a Filemon = Fm
Epístola aos Hebreus = Hb
Epístola de Tiago = Tg
1ª Epístola de Pedro = I Pd
2ª Epístola de Pedro = II Pd
1ª Epístola de João = I Jo
2ª Epístola de João = II Jo
3ª Epístola de João = III Jo
Epístola de Judas = Jd


Profético:

Apocalipse de João = Ap


Para se fazerem citações mais completas, usam-se os seguintes sinais de pontuação:

* Vírgula: separa o capítulo dos versículos.
Ex.: II Ts2,2 = Segunda Epístola aos Tessalonicenses, capítulo 2, versículo 2.

* Hífen: apresenta uma seqüência de capítulos ou versículos.
Ex.: Ex14,2-6 = Livro do Êxodo, capítulo 14, vesículos 2 a 6.

* Ponto: apresenta capítulos e/ou versículos citados isoladamente.
Ex.: Jo3.4 = Evangelho segundo João, capítulos 3 e 4.

Jo3,1.2.4 = Evangelho segundo João, capítulo 3, versículos 1, 2 e 4.

* Ponto-e-vírgula: indica capítulos e versículos isolados, pertencentes ao mesmo Livro.
Ex.: Jo 3,22-25;6,1-3 = Evangelho segundo João, capítulo 3, vesículos 22 a 25: e capítulo 6, versículos 1 a 3.


Saiba mais

Como abreviar palavras

1. Escreve-se a primeira sílaba e a primeira letra da segunda sílaba, seguida de ponto abreviativo. Exemplos:
Gramática: gram.
Alemão: al.
Numeral: num.

2. O acento presente na primeira sílaba se mantém. Exemplos:
Gênero: gên.
Crédito: créd.
Lógico: lóg.

3. Se a segunda sílaba iniciar por duas consoantes, escrevem-se as duas. Exemplos:
Pessoa: pess.
Construção: constr.
Secretário: secr.

4. Inúmeras palavras não seguem essas regras. Exemplos:
Antes de Cristo: a . C.
Apartamento: apto.
Companhia: cia.
Página: pg.


Autoridades de Estado

[editar] Civis

você usados para:familiares e amigos

Vossa Excelência' (V. Exª.) Usado para: presidente da República, senadores da República, ministros de Estado, governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, embaixadores, presidente de câmara de vereadores, cônsules, chefes das Casas Civis e Militares.

Vossa Magnificência (V. M.) Usado para: reitores de Universidade, pró-reitores e vice-reitores.

Vossa Senhoria (V. Sª.) Usado para: diretores de autarquias federais, estaduais e municipais.

[editar] Judiciárias

Vossa Excelência (V. Exª) Usado Para: desembargadores de Justiça, ministros, procuradores, promotores.

Meritíssimo Juiz (M. Juiz) Usado para: juízes de Direito.

[editar] Militares

Vossa Excelência (V. Exª.) Usado para: Oficias Generais (Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros; Vice-Almirantes, Generais-de-Divisão e Majores-Brigadeiros; Contra-Almirantes, Generais-de-Brigada e Brigadeiros) e Coronéis Comandantes das Forças Auxiliares dos Estados e DF (Polícias Militares e Bombeiros Militares).

Vossa Senhoria (V. Sª.) Usado para: Demais patentes e graduações militares.

[editar] Autoridades eclesiásticas

Vossa Santidade ( V. S.) Usado para: o Papa.

Vossa Eminência (V. Em.ª) Usado para: cardeais.

Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.ª Revm.ª) Usado para: arcebispos e bispos.

Vossa Reverendíssima (V. Revmª) Usado para: abades, superiores de conventos, monsenhores, outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral.

[editar] Autoridades monárquicas

Vossa Majestade Real & Imperial (V. M. R. & I.) Usado para: Monarcas que detenham títulos de imperador e rei ao mesmo tempo.

Vossa Majestade Imperial (V. M. I.) Usado para: Imperadores.

Vossa Majestade (V. M.) Usado para: Reis.

Vossa Alteza Real & Imperial (V. A. R. & I.) Usado para: Príncipes de casas reais e imperiais.

Vossa Alteza Imperial (V. A. I.) Usado para: Príncipes de casas imperiais.

Vossa Alteza Real (V. A. R.) Usado para: Príncipes e infantes de casas reais.

Vossa Alteza Sereníssima (V. A. S.) Usado para: Príncipes monarcas e Arquiduques.

Vossa Alteza (V. A.) Usado para: Duques.

Vossa Excelência (V. Exª.) Usado para: Duques com Grandeza, na Espanha.

Vossa Graça (V. G.) Usado para: Duques e Condes.

Vossa Alteza Ilustríssima (V. A. Ilmª.) Usado para: Nobres mediatizados, como Condes, na Alemanha.

O Mui Honorável (M. Hon) Usado para: Marqueses, na Grã-Bretanha.

O Honorável (Hon.) Usado para: Condes (The Right Hon.), Viscondes, Barões e filhos de Duques, Marqueses e Condes na Grã-Bretanha.


Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento, que se referem à segunda pessoa do discurso, mas cuja concordância é feita em terceira pessoa.

Exemplos: você, o senhor, Vossa Excelência, a Vossa Senhoria, Vossa Santidade, Vossa Magnificência, Vossa Majestade, Vossa Alteza e etc.

[editar] Outros títulos

senhor,senhora usado para:gente mais velhas

Vossa Senhoria (V. S.ª) Usado para: Pessoas importantes, como autoridades de uma cidade, como prefeito, algum secretário da prefeitura.

Ilustrissimo (Ilmo.) Usado para pessoas comuns, no mesmo sentido de Senhoria, delegados, diretores de alguma autarquia

Doutor (Dr.) Usado para: Doutor.mas vale lembrar que este modo é usado erroneamente, pois doutor deve ser empregado a quem possue doutorado

Comendador (Com.) Usado para: Comendador.

Professor (Prof.) Usado para: Professor.

Padre (Pe.) Usado para padres

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Globalização Cultural

Globalização Cultural

Globalização Cultural - A Pior das Globaliazações


Por Elian Alabi Lucci

Em seu livro mais recente, a Era do Acesso, o consagrado autor Jeremy Rifkin (autor também do portentoso O Século da Biotecnologia), demonstra grande preocupação (aliás, generalizada entre os estudiosos das Ciências Sociais) com o que vem acontecendo neste início do século XXI, com o processo de globalização que, nesta sua quarta fase, nos inseriu na Sociedade Pós Industrial. Trata-se da descoberta por parte das empresas transnacionais de como a produção cultural pode gerar lucros numa sociedade que, como diz Domenico De Masi, caminha cada vez mais para o ócio, primeiro por conta do envelhecimento da população e depois com a exclusão do trabalho.

Para explorarem este novo filão, a indústria cultural - diante de um homem cada vez mais vazio de sentido para sua vida, no que tange à busca de valores essenciais -, as multinacionais e os gestores do processo de globalização estão tentando nos inserir na era do acesso ou, também como ela é economicamente chamada, de “economia da experiência”.

Para isto, estas empresas estão todas a caminho da transição da propriedade para o acesso.

Elas estão vendendo seus imóveis, reduzindo seus estoques, alugando seu equipamento e terceirizando suas atividades em uma corrida de vida ou morte para se livrarem de todos os tipos de bens materiais.

Ter muitas coisas está sendo considerado fora de moda neste atual estágio econômico.

No mundo comercial de hoje quase tudo que é necessário é arrendado (leasing).

Ter, guardar, acumular, ainda são naturalmente conceitos prezados mas, agora, diante da velocidade das inovações tecnológicas, muitas vezes estas coisas tornam problemática a noção de propriedade.

Segundo Jeremy Rifkin* em uma sociedade como a atual, de produção customizada, de inovação e atualizações quase que diárias e de ciclos de vida dos produtos cada vez mais curtos, tudo se torna quase imediatamente desatualizado, daí não valer pena deter a posse de bens.

Como bem coloca ainda Rifkin ter, guardar, acumular, em uma economia onde a mudança em si é a única constante, está fazendo cada vez menos sentido e, em assim sendo, o melhor é o acesso.

Mas o que é acesso?

Até há bem pouco tempo essa palavra só era ouvida ocasionalmente, restringindo-se geralmente a questão de ingresso no espaço geográfico ou físico. Mas, a partir da década de 1990, o Concise Oxford Dictionary inclui esta palavra em sentido humano, demonstrando assim seu novo e crescente uso.

Neste momento de nossas vidas, acessar é um dos termos mais empregados no dia a dia por quase toda a sociedade mundial ou, pelo menos, por grande parte dela, mesmo sabendo-se que há ainda países que nem sequer completaram sua primeira revolução industrial e que, aliás, não são poucos e que, talvez, nem a venham completar já que a exclusão tecnológica é muito mais perversa do que aquela provocada pela era industrial.

O acesso, portanto, passou a ser o bilhete de ingresso para o avanço e para a realização pessoal. Além disso é também uma expressão de grande significado político, uma vez que acessar diz respeito a distinções e divisões, sobre quem deverá ser incluído e quem deverá ser excluído.

É assim que essa palavra está se transformando numa ferramenta conceitual muito potente para se repensar em nova visão de mundo assim como também em uma nova visão econômica.

Esta nova visão econômica a qual já nos referimos como a da “economia da experiência”, está gerando um “comércio de ponta” que já começa a envolver o marketing de um vasto arranjo de experiências culturais ao invés de tão somente os tradicionais bens e serviços industriais.

Como exemplo disso pode-se dizer que o turismo global, parques temáticos, grandes centros de entretenimento, bem-estar, moda e culinária, esportes e jogos profissionais, filmes, música, televisão, além naturalmente da educação, estão se tornando rapidamente o centro de um novo ciclo ou período considerado super capitalista que comercializa o acesso a experiências culturais. Aliás, mais de um quarto da população mundial gasta muito dinheiro neste momento acessando experiências culturais, criando assim um novo mundo em que a própria vida de cada pessoa se torna efetivamente um mercado comercial.

Daí se pode observar que estamos embarcando num período em que um número cada vez maior de experiências humanas é comprado na forma de acesso às diversas redes do ciberespaço, nas quais um número cada vez maior de usuários gasta grande parte do seu dia-a-dia, são controladas por algumas poderosas empresas transnacionais da mídia e que, para aumentarem ainda mais o seu porte, estão promovendo um intenso processo de fusões.

Assim, esta absorção da esfera cultural pela comercial indica uma mudança fundamental nas relações humanas com sérias conseqüências para o futuro da sociedade, isto porque, desde os primórdios de nossa civilização até o momento, a cultura sempre precedeu o mercado e agora é o mercado que quer mercantilizar a cultura. Prova disso é o que se encontra recolhido no texto “A crise da cultura”, de Hanna Arendt, publicado no livro Entre o passado e o futuro onde ela afirma que a arte está no caminho do entretenimento.

Se é entretenimento, é efêmero, pois esta é a própria condição do entretenimento e em sendo assim, a questão da memória, da preservação, do tempo necessário para se construir toda uma cultura vai por água abaixo.

As pessoas criam comunidades, desenvolvem códigos de conduta social, partilham valores e edificam a confiança social na forma de capital social.

Somente quando a confiança social e a troca social são bem desenvolvidas é que as comunidades se engajam no comércio e nas transações comerciais, daí ser muito provável que a grande tarefa da próxima era, a do acesso ou das sensações como querem alguns cientistas sociais, seja restaurar um equilíbrio entre âmbito cultural e âmbito comercial.

Os recursos culturais correm inclusive o risco de conhecer uma excessiva exploração e redução nas mãos do comércio, assim como aconteceu com os recursos naturais, muitos hoje em fase de exaustão de suas reservas devido a era industrial, onde o lucro passou a ser o grande objetivo a ser perseguido.

A era do acesso traz também no seu processo de desenvolvimento um novo tipo de ser humano.

A juventude deste início de um novo século, sente-se muito mais à vontade em dirigir negócios e engajar-se em atividades sociais no mundo maravilhoso do comércio eletrônico e adapta-se facilmente aos vários mundos simulados.

O mundo deles, pode-se dizer, é muito mais teatral do que ideológico.

Da mesma forma que a imprensa e a televisão alteraram a consciência humana, principalmente a partir do século passado, o computador provavelmente terá um efeito semelhante na consciência das pessoas e sobretudo dos jovens neste e nos próximos séculos.

É cada vez maior o número de jovens que estão crescendo diante de telas de computador e gastando boa parte de seu tempo em salas de bate papo e ambientes simulados, levando os adolescentes a possuírem estruturas de consciência fragmentadas e transitórias, cada uma delas usada para negociar tudo o que encontrarem no mundo virtual ou em rede, a qualquer momento.

Pais, pedagogos, psicólogos, estão muito preocupados com o fato de que essa atual geração possa começar a viver a realidade como algo um pouco mais do que apenas entretenimento e que lhes venha a faltar uma experiência socializadora que possibilite entender e adaptar-se ao mundo que os rodeia com todas as suas problemáticas.

A defasagem entre gerações está sendo acompanhada também por uma defasagem social e econômica, igualmente profunda.

É grande a parcela da sociedade mundial que ainda é vítima da escassez física e para os pobres ou excluídos - agora tecnológicos e virtuais -, a luta pela sobrevivência continua mais dura ainda, e ter posses é meta cada vez mais distante, maior ainda quando agora o domínio cultural por parte das multinacionais deverá eclipsar mais ainda as fracas identidades culturais de pequenos grupos e algumas poucas nações.

A defasagem, como podemos acompanhar todos os dias pelo noticiário jornalístico e televisivo, entre os que têm posses e os que não têm é enorme, porém entre os conectados e os desconectados é ainda mais acentuada.

Essa separação da sociedade mundial em duas esferas distintas: os que vivem dentro dos portões eletrônicos do ciberespaço e aqueles que vivem do lado de fora dele correspondendo a chamada divisão digital, representa um momento decisivo na História da Civilização.

Quando uma parcela significativa da população já não é mais capaz de se comunicar com outra no tempo e no espaço, a questão do acesso assume um significado político de proporções históricas.

Em conclusão, a grande divisão que se observa cada vez mais, na próxima era, é entre aqueles cujas vidas são conduzidas cada vez mais para o ciberespaço e aqueles que nunca terão acesso a esse novo e poderoso âmbito da existência humana, sendo este quem irá determinar muito das lutas políticas, sociais e econômicas nos próximos anos.

Nova epoca de ortografia !!!

A Câmara dos Deputados aprovou dia 21/02/2001 o acordo ortográfico da língua portuguesa, assinado em Lisboa, em 1990. A exemplo do Brasil, os outros sete países onde o Português é a língua oficial: Portugal, Guiné Bissau, Angola, Moçambique, São Tomé, Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste também estão adotando o vocabulário ortográfico comum, nos termos do acordo. A reforma ortográfica, que atinge apenas 2% da escrita, deixa praticamente intactas as regras de acentuação gráfica, mas suprime o trema, simplifica as regras do hífen e elimina as consoantes mudas, como a letra "c" da palavra exacto. Para colocar o novo acordo em prática, o deputado José Lourenço (PMDB-BA), nascido em Portugal, sugeriu, durante encontro com o presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, a unificação dos livros de português, matemática e ciências do ensino fundamental a serem usados pelos oito países. O acordo agora deverá ser ratificado pelo Senado Federal.


O texto a seguir, repassado por José Félix, de Portugal, a Eliane Malpighi, está publicado com o título: "Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa", pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, E.P., Lisboa , 1991


ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA (1990)

Base I

Do Alfabeto e dos Nomes próprios estrangeiros e seus derivados

1º O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula:

a A (á) n N (ene)
b B (bê) o O (ó)
c C (cê) p P (pê)
d D (dê) q Q (quê)
e E (é) r R (erre)
f F (efe) s S (esse)
g G (gê ou guê) t T (tê)
h H (agá) u U (u)
i I (i) v V (vê)
j J (jota) w W (dáblio)
k K (capa ou cá) x X (xis)
l L (ele) y Ý (ípsilon)
m M (eme) z Z (zê)

Obs.: 1 - Além destas letras, usam-se o ç (cê) cedilhado) e os seguintes dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), lh (ele-agá), nh (ene-agá), gu (guê-u) e qu (quê-u).
2 - Os nomes das letras acima sugeridos não excluem outras formas de as designar.

2º As letras K, w, e y, usam-se nos seguintes casos especiais:

a) Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e seus derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantiano, Darwin, darwiniano; Wagner, wagneriano; Byron, byroniano; Taylor, taylorista;

b) Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus derivados: Kwañza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;

c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional: TWA, KLM; K-potássio (de kalium) W-oeste (West); Kg-quilograma, Km-quilómetro, KW-kilowatt, yd-jarda(yard); Watt.

3º Em congruência com o número anterior, matêm-se nos vocábulos derivados eruditamente de nomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem nesses nomes: comtista, de Comte, garretiano, de Garret;jeffersónia/jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller, shakespeariano, de Shakespeare. Os vocábulos autorizados registarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgação de certas palavras de tal tipo de origem (a exemplo de fúcsia/fúchsia e derivados, buganvília/buganvílea/bouganvíllea).

4º Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph, e th, podem conservar-se em forma onomásticas da tradição bíblica, como Baruch, Loth, Moloch, Ziph, ou então simplificar-se: Baruc, Lot, Moloc, Zif. Se qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, é invarialvelmente mudo, elimina-se: José, Nazaré, em vez de Joseph, Nazareth;e se algum deles, por força do uso, permite adaptação, substitui-se, recebendo uma adição vocálica: Judite, em vez de Judith.

5º As consoantes finais grafadas b, c, d, g, e t mantêm-se, quer sejam mudas quer proferidas nas formas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropónimos/antropônimos e topónimos/topônimos da tradição bíblica: Jacob, Job,
Moab, Isaac, David, Gad; Gog, Magog; Bensabat, Josafat. Integram-se também nesta forma: Cid, em que o d é sempre pronunciado; Madrid e Valladolid, em que o d ora é pronunciado, ora não; e Calecut ou Calicut, em que o t se encontra nas mesmas condições. Nada impede, entretanto, que dos antropónimos/antro´pônimos em apreço sejam usados sem a consoante final Jó, Davi e Jacó.

6º Recomenda-se que os topónimos/topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas, quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando entrem, ou possam entrar, no uso corrente. Exemplo:Anvers, substituido por Antuérpia; Cherbourg, por Cherburgo; Garonne, por Garona; Géneve por Genebra; Jutland por Jutlândia; Milano por Milão; München por Munique; Torino por Turim; Zürich por Zurique, etc.


Base II

Do h inicial e final

1º O h inicial emprega-se:

a) Por força da etimologia: haver, hélice, hera, hoje, hora, homem, humor;

b) Em virtude de adoção convencional: hã?, hem?, hum!

2º O h inicial suprime-se:

a) Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso: erva, em vez de herva; e, portanto, ervaçal, ervanário, ervoso (em contraste com herbáceo, herbanário, herboso, formas de origem erudita);

b) Quando, por via de composição, passa a interior e o elemento em que figura se aglutina ao precedente: biebdomadário, desarmonia, desumano, exaurir, inábil, lobisomem, reabilitar, reaver.

3º O h inicial mantém-se, no entanto, quando uma palavra composta pertence a um elemento que está ligado ao anterior por meio de hífen: anti-higiénico/anti-higiênico, contra-haste, pré-história, sobre-humano.

4º O h final emprega-se em interjeições: ah! oh!


Base III

Da homofonia de certos grafemas consonânticos

Dada a homofonia existente entre certos grafemas consonânticos, torna-se necessário diferenciar os seus empregos, que fundamentalmente se regulam pela história das palavras. É certo que a variedade das condições em que se fixam na escrita os grafemas consonânticos homófonos nem sempre permite fácil fiferenciação dos casos em que se deve empregar uma letra e daqueles em que, diversamente, se deve empregar outra, ou outras, a representar o mesmo som. Nesta conformidade, importa notar, principalmente, os seguintes casos:

1º Distinção gráfica entre ch e x: achar, archote, bucha, capacho, capucho, chamar, chave, Chico, chiste, chorar, colchão, colchete, endecha, estrebucha, facho, ficha, flecha, frincha, gancho, inchar, macho, mancha, murchar, nicho, pachorra, pecha, pechincha, penacho, rachar, sachar, tacho; ameixa, anexim, baixel, baixo, bexiga, bruxa, coaxar, coxia, debuxo, deixar, eixo, elixir, enxofre, faixa, feixe, madeixa, mexer, oxalá, praxe, puxar, rouxinol, vexar, xadrez, xarope, xenofobia, xerife, xícara.

2º Distinção gráfica entre g, com valor de fricativa palatal, e j: adágio, alfageme, Álgebra, algema, algeroz, Algés, algibebe, algibeira, álgido, almargem, Alvorge, Argel, estrangeiro, falange, ferrugem, frigir, gelosia, gengiva, gergelim, geringonça, Gibraltar, ginete, ginja, girafa, gíria, herege, relógio, sege, Tânger, virgem; adjectivo, ajeitar, ajeru (nome de planta indiana e de uma espécie de papagaio), canjerê, canjica, enjeitar, granjear, hoje, intrujice, jecoral, jejum, jeira, jeito, Jeová, jenipapo, jequiri, jequitibá, Jeremias, Jericó, jerimum, Jerónimo, Jesus, jibóia, jiquipanga, jiquiró, jiquitaia, jirau, jiriti, jitirama, laranjeira, lojista, majestade, majestoso, manjerico, manjerona, mucujê, pajé, pegajento, rejeitar, sujeito, trejeioto.

3º Distinção gráfica entre as letras, s, ss, c, ç, e x, que representam sibilantes surdas: ânsia, ascensão, aspersão, cansar, conversão, esconso, farsa, ganso, imenso, mansão, mansarda, manso, pretrensão, remanso, seara, seda, Seia, Sertã, Sernancelhe, serralheiro, Singapura, Sintra, sisa, tarso, terso, valsa; abadessa, acossar, amassar, arremessar, Asseiceira, asseio, atravessar, benesse, Cassilda, codesso (identicamente Codessal ou Codassal, Codesseda, Codessoso, etc.), crasso, devassar, dossel, egresso, endossar, escasso, fosso, gesso, molosso, mossa, obsessão, pêssego, possesso, remessa, sossegar,; acém, acervo, alicerce, cebola, cereal, Cernache, cetim, Cinfães, Escócia, Macedo, obcecar, percevejo; açafate, açorda, açúcar, almaço, atenção, berço, Buçaco, caçange, caçula, caraça, dançar, Eça, enguiço, Gonçalves, inserção, linguiça, maçada, Mação, maçar, Moçambique, Monção, muçulmano, murça, negaça, pança, peça, quiçaba, quiçaça, quiçama, Seiça, (grafia que pretere as erróneas/errôneas Ceiça e Ceissa), Seiçal, Suiça, terço; auxílio, Maximiliano, Maximino, máximo, próximo, sintaxe.

4º Distinção gráfica entre s de fim de sílaba (inicial ou interior) e x e z com idêntico valor fónico/fônico: adestrar, Calisto, escusar, esdrúxulo, esgotar, esplanada, esplêndido, espontâneo, espremer, esquisito, estender, Estremadura, Estremoz, inesgotável; extensão, explicar, extraordinário, inextricável, inexperto, sextante, têxtil,; capazmente, infelizmente, velozmente. De acordo com esta distinção convém notar dois casos:

a) Em final de sílaba que não seja final de palavra, o x=s muda para s sempre que está precedido de i ou u: justapor, justalinear, misto, sistino (cf. Capela Sistina), Sisto, em vez de juxtapor, juxtalinear, mixto, sixtina, Sixto;

b) Só nos advérbios em -mente se admite z, com valor idêntico ao de s, em final de sílaba seguida de outra consoante (cf. capazmente, etc.); de contrário, o s, toma sempre o lugar de z: Biscaia, e não Bizcaia;

5º Distinção gráfica entre s final de palavra e x e z com idêntico valor fónico/fônico: aguarrás, aliás, anis, após, atrás, através, Avis, Brás, Dinis, Garcês, gás, Gerês, Inês, íris, Jesus, jus, lápis, Luís, país, português, Queirós, quis, retrós, revés, Tomás, Valdês; cálix, Félix, Fénix, flux; assaz, arroz, avestruz, dez, diz, fez (substantivo e forma do verbo fazer), fiz, Forjaz, Galaaz, giz, jaez, matiz, petiz, Queluz, Romariz, [Arcos de] Valdevez, Vaz. A propósito, deve observar-se que é inadmissível z final equivalente a s em palavra não oxítona: Cádis, e não Cádiz

6º Distinção gráfica entre as letras interiores s, x e z, que representam sibilantes sonoras: aceso, analisar, anestesia, artesão, asa, asilo, Baltasar, besouro, besuntar, blusa, brasa, brasão, Brasil, brisa, [Marco de] Canaveses, coliseu, defesa, duquesa, Elisa, empresa, Ermesinde, Esposende, frenesi ou frenesim, frisar, guisa, improviso, jusante, liso, lousa, Lousã, Luso (nome de lugar, homónimo/homônimo de Luso, nome mitológico), Matosinhos, Meneses, Narciso, Nisa, obséquio, ousar, pesquisa, portuguesa, presa, raso, represa, Resende, Sacerdotisa, Sesimbra, Sousa, surpresa, tisana, transe, trânsito, vaso; exalar,exemplo, exibir, exorbitar, exuberante, inexato, inexorável; abalizado, alfazema, Arcozelo, autorizar, azar, azedo, azo, azorrague, baliza, buzina, búzio, comezinho, deslizar, deslize, Ezequiel, fuzileiro, Galiza, guizo, helenizar, lambuzar, lezíria, Mouzinho, proeza, sazão, urze, vazar, Veneza,



BASE IV

Das sequûncias consonânticas

1º O c, com valor de oclusiva velar, das sequências interiores cc (segundo c com valor de sibilante) cç e ct e o p das sequências interiores pc (com valor de sibilante), pç e pt, ora se conservam, ora se eliminam.
Assim:

a) Conservam-se nos casos em que são invariavelmente proferdos nas pronúncias cultas da língua: compacto, convicção, convicto, ficção, friccionar, pacto, pictural; adepto, apto, díptico, erupção, eucalipto, inepto, núpcias, rapto;

b) Eliminam-se nos casos em que são invariavelmente mudos nas pronúncias cultas da língua: ação, acionar, afetivo, aflição, aflito, ato, coleção, coletivo, direção, diretor, exato, objeção; adoção, adotar, batizar, Egito, ótimo;

c) Conservam-se ou eliminam-se facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer geral quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: aspecto e aspeto, cacto e cato, caracteres e carateres, dicção e dição; facto e fato, sector e setor; ceptro e cetro, concepçãoe conceção, corrupto e corruto, recepção e receção;

d) Quando, nas sequências interiores mpc, mpç e mpt se eliminar o p de acordo com o determinado nos parágrafos precedentes, o m passa a n, escrevendo-se, respetivamente, nc, nç e nt:assumpcionista e assuncionista; assumpção e assunção; assumptível e assuntível; permptório e perentório, sumptuoso e suntuoso, sumptuosidade e suntuosidade,

2º Conservam-se ou eliminam-se, facultativamente, quando se proferem numa pronúncia culta, quer fgeral, quer restritamente, ou então quando oscilam entre a prolação e o emudecimento: o b da sequência bd, em súbdito; o b da sequência bt, em subtil e seus derivados; o g da sequência gd, em amígdala, amigdalácea, amigdalar, amigdalato, amigdalite, amigdalóide, amigdalopatia, amigdalotomia; o m da sequência mn, em amnistia, amnistiar, idemne, indemnidade, indemnizar, omnímodo, omnipotente, omnisciente, etc.; o t da sequência tm, em aritmética e aritmético.



BASE V

Das vogais átonas

1º O emprego do e e do i, assim como o do o e do u , em sílaba átona, regula-se fundamentalmente pela etimologia e por particularidades da história das palavras. Assim se estabelecem variadíssimas grafias:

a) Com e e i,: ameaça, amealhar, antecipar, arrepiar, balnear, boreal, campeão, cardeal, (prelado, ave, planta; diferente de cardial = «relativo à cárdia»), Ceará, côdea, enseada, enteado, Floreal, janeanes, lêndea, Leonardo, Leonel, Leonor, Leopoldo, Leote, linear, meão, melhor, nomear, peanha, quase ( em vez de quási), real, semear, semelhante, várzea; ameixial, Ameixieira, amial, amieiro, arrieiro, artilharia, capitânia, cordial(adjectivo e substantivo), corriola, crânio, criar, diante, diminuir, Dinis, feregial, Filinto, Filipe (e identicamente Filipa, Filipinas, etc.,), freixial, giesta, Idanha, igual, imiscuir-se, inigualável, lampião, limiar, Lumiar, lumieiro, pátio, pior, tigela, tijolo, Vimieiro, Vimioso;

b) Com o e u: abolir, Alpendurada, assolar, borboleta, cobiça, consoada, consoar, costume, díscolo, êmbolo, engolir, epístola, esbaforir-se, esboroar, farandola, femoral, Freixoeira, girândola, goela, jocoso, mágoa, névoa, nódoa, óbolo, Páscoa, Pascoal, Pascoela, polir, Rodolfo, távoa, tavoada, távola, t^mbola, veio (substantivo e forma do verbo vir); açular, água, aluvião, arcuense, assumir, bulir, camândulas, curtir, curtume, embutir, entupir, fémur/fêmur, fístula, glândula, ínsua, jucundo, légua, Luanda, lucubração, lugar, mangual, Manuel, míngua, Nicarágua, pontual, régua, tábua, tabuada, tabuleta, trégua, virtualha.

2º Sendo muito variadas as condições etimológicas e histórico-fonéticas em que se fixam graficamente e e i ou o e u em sílaba átona, é evidente que só a consulta dos vocabulários ou dicionários pode indicar, muitas vezes, se deve empregar-se e ou i, se o ou u. Há, todavia, alguns casos em que o uso dessas vogais pode ser facilmente sistematizado. Convém fixar os seguintes:

a) Escrevem-se com e, e não com i, antes da sílaba tónica/tônica, os substantivos e adjectivos que precedem de substantivos terminados em -eio e -eia, ou com eles estão em relação direta. Assim se regulam: aldeão, aldeola, aldeota por aldeia; areal, areeiro, areento, Areosa, por areia; aveal ~por aveia; baleal por baleia; cadeado por cadeia; candeeiro por candeia; centeeiro e centeeira por centeio; colmeal e colmeeiro por colmeia; correada e correame por correia;

b) Escrevem-se igualmente com e, antes de vogal ou ditongo da sílaba tónica/tônica, os derivados de palavras que terminam em e acentuado (o qual pode representar um antigo hiato;ea,ee): galeão, galeota, galeote, de galé; coreano, de Coreia; dameano, de Daomé; guineense, de Guiné; poleame e poleeeiro, de polé;

c) Escrevem-se com i, e não com e, antes da sílaba tónica/tônica, os adjectivos e substantivos derivados em que entram os sufixos mistos de formação vernácula -iano e -iense, os quais são o resultado da combinação dos sufixos -ano e -ense com um i de origem analógica (baseado em palavras onde -ano e -ense estão precedidos de i pertencente ao tema: horaciano, italiano, duriense, flaviense, etc.): açoriano, acriano (de Acre), camoniano, goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense [de Torre(es)];

d) Uniformizam-se com as terminações -io e -ia (átonas), em vezde -eo e -ea, os substantivos que constituem variações, obtidas por ampliação, de outros substantivos terminados em vogal: cúmio(popular), de cume; hástia, de haste; réstia, do antigo reste; véstia, de veste;

e) Os verbos em -ear podem distinguir-se praticamente grande número de vezes dos verbos em -iar, quer pela formação, quer pela conjugação e formação ao mesmo tempo. Estão no primeiro caso todos os verbos que se prendem a substantivos em -eio ou -eia (sejam formados em português ou venham já do latim); assim se regulam: aldear, por aldeia; alhear, por alheio; cear, por ceia; encadear por cadeia; pear, por peia; etc. Estão no segundo caso todos os verbos que tem normalmente flexões rizotónicas/rizotônicas em -eio, -eias. etc.:clarear, delinear, devanear, falsear, granjear, guerrear, hastear, nomear, sem~ear, etc. Existem, no entanto, verbos em -iar, ligados a substantivos com as terminações átonas -ia ou -io, que admitem variantes na conjugação: negoceio ou negocio (cf. negócio); premeio ou premio ( cf, prémio/prêmio), etc.;

f) Não é lícito o emprego do u final átono em palavras de origem latina. Escreve-se, por isso: moto, em vez de mótu (por exemplo, na expressão de moto próprio); tribo, em vez de tríbu;

g) Os verbos em -oar distinguem-se praticamente dos verbos em -uar pela sua conjugação nas formas rizotónicas/rizotônicas, que têm sempre o na sílaba acentuada: abençoar com o, como abençoo, abençoas, etc.; destoar, com o, como destoo, destoas, etc.; mas acentuar, com u, como acentuo, acentuas, etc.



BASE VI

Das vogais nasais

Na representação das vogais nasais devem observar-se os seguintes preceitos:
1º Quando uma vogal nasal ocorre em fim de palavra, ou em fim de elemento seguido de hífen, representa-se a nasalidade pelo til, se essa vogal é de timbre a; por m, se possui qualquer outro timbre e termina a palavra; e por n, se é de timbre diverso de a e está seguida de s: afã, grã, Grã-Bretanha, lã, órfá, sã-braseiro (forma dialetal; o mesmo que são-brasense=de S.Brás de Alportel); clarim, tom, vacum; flautins, semitons, zunzuns.

2º Os vocábulos terminados em -ã transmitem esta representação do a nasal aos advérbios em -mente que deles se formem, assim como a derivados em que entrem sufixos iniciados por z: cristãmente, sãmente; lãzudo, maçãzita, manhãzinha, romãzeira.



BASE VII

Dos Ditongos

1º Os ditongos orais, que tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, distribuem-se por dois grupos gráficos principais, conforme o segundo elemento do ditongo é representado por i ou u:ai, ei, éi, ui; au, eu, éu, iu, ou; braçais, caixote, deveis, eirado, farnéis (mas farneizinhos), goivo, goivar, lençóis, (mas lençoizinhos), tafuis, uivar, cacau, cacaueiro, deu, endeusar, ilhéu (mas ilheuzinho), mediu, passou, regougar.

Obs.: Admitem-se, todavia, excecionalmente à parte destes dois grupos, os ditongos grafados ae (=âi ou ai) e ao (=âu ou au): o primeiro, representado nos antropónimos/antropônimos Caetano e Caetana, assim como nos respectivos derivados e compostos (caetaninha, são-caetano,etc); o segundo, representado nas combinações da preposição a com as formas masculinas do artigo ou pronome demonstrativo o, ou seja, ao e aos.

2º Cumpre fixar, a propósito dos ditongos orais, os seguintes preceitos partivulares:

a) É o ditongo grafado ui, e não a sequência vocálica grafada ue, que se emprega nas formas de 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo e igualmente na da 2ª pessoa do singular do imperativo dos verbos em -uir: constituis, influi, retribui. Harmonizam-se, portanto, essas formas com todos os casos de ditongo grafado ui de sílaba final ou fim de palavra (azuis, fui, Guardafui, Rui, etc.); e ficam assim em paralelo fráfico-fonético com as formas de 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo e de 2ª pessoas do singular do imperativo dos verbos em -air, e em -oer: atraia, cai, sai; móis, remói, sói;

b) É o ditongo grafado ui que representa sempre, em palavras de origem latina, a união de um u a um i átono seguinte. Nãodivergem, portanto, formas como fluido de formas como gratuito. E isso não impede que nos derivados de formas daquele tipo as vogais grafadas u e i se separem: fluídico, fluidez (u-i);

c) Além dos ditongos orais propriamente ditos, os quais são todos decrescentes, admite-se, como é sabido, a existência de ditongos crescentes. Podem considerar-se no número deles as sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas, tais as que se representam graficamente por ea, eo, ia, ie, io, oa, ua, ue, uo:áurea, áureo, calúnia, espécie, exímio, mágoa, ténue, tríduo.


3º Os ditongos nasais, que na sua maioria tanto podem ser tónicos/tônicos como átonos, pertencem graficamente a dois tipos fundamentais: ditongos representados por vogal com til e semivogal; ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal m. Eis a indicação de uns e outros:

a) Os ditongos representados por vogal com til e semivogal são quatro, considerando-se apenas a língua padrão contemporânea: ãe (usado em vocabulos oxítonos e derivados), ãi (usado em vocábulos anoxítonos e derivados, ão e õe. Exemplos: cães, Guimarães, mãe, mãezinha; ´cãibas, cãibeiro, cãibra, zãibo; mão, mãozinha, não, quão, sotãozinho, tão; Camões, orações, oraçõezinhas, põe, repões. Ao lado de tais ditongos pode, por exemplo, colocar-se o ditongo u~i; mas este, emborase exmplifique numa forma popular como r~ui=ruim, representa-se sem o til nas formas muito e mui, por obediência à tradição;

b) Os ditongos representados por uma vogal seguida da consoante nasal n são dois: am e em. Divergem, porém, nos seus empregos:
i) am (sempre átono) só se emprega em flexões verbais: amam, deviam, escreveram, puseram;
ii) em (tónico/tônico, ou átono) emprega-se em palavras de categorias morfológicas diversas, incluindo flexões verbais, e pode apresentar variantes gráficas determinadas pela posição e pela acentuação: bem, Bembom, Bemposta, cem, devem, nem, quem, sem, tem, virgem, Bencanta, Benfeito, Benfica, benquisto, bens, enfim, enquanto, homenzarrão, homenzinho, nuvenzinha, tens, virgens, amén, (variação de ámen), armazém, convém, mantém, ninguém, porém, Santarém, também; convêm, mantêm, têm (3ªs pessoas do plural); armazéns, desdéns, convéns, reténs, Belenzada, vintenzinho.